terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Quando....


Tristeza, raiva, angústia, rostos pálidos. O caos, sim, um caos geral entre nossos instintos animais, humanos e espirituais.

As vezes a vida parece realmente o quadro de Picasso (Guernica), que embora retrate uma guerra específica, não deixa de mostrar a nossa guerra diária para sobreviver.

Quando eu penso nos meus últimos dias, eu vejo que abriu-se uma caixa de pandora, que tudo se transformou em confusão e esperança. Sim, todos os dias encontro  uma grande confusão entre a realidade e a expectativa, entre o sim e o não, o maldito certo e o bendito errado.

Não sei se a tecnologia e a proximidade das pessoas em excesso que causou isso. Antigamente, não tinha notícias nenhuma de minha família e nunca brigava com eles. Hoje, todos os dias posso desejar bom dia, mas infelizmente as discussões também são constantes.

Também penso que as vezes é bom se distanciar de tudo e fugir. Hoje mesmo estou doida para pegar o primeiro avião com destino a felicidade e fugir dessa minha realidade que não está nada boa. Mas já sei que ao desembarcar do avião, me depararei com a solidão consequente de meu ato.

Não aguento mais essa solidão causada pela minha força forçada. Não aguento mais a falta de afeto e compreensão das pessoas em não enxergar que tudo que eu mais quero é um colo, que eu não sou nada forte, pelo contrário, mas sou corajosa.

Cansei. Gostaria de ter a família dos sonhos. Gostaria de chegar em casa e ter quem pule de alegria ao me receber, quem esteja lá de braços abertos pra ouvir que eu tenho medo e me empurrar pra frente.

Infelizmente, não pude escolher a família que tenho. E digo infelizmente mesmo. Porque eu não aguento mais cobranças tolas sobre ausências e carências sendo que ninguém me liga, ninguém me procura, ninguém se preocupa mais do que com seu próprio umbigo.

Sei que eu não sou a melhor irmã, filha, prima, sobrinha e tia do mundo. Mas eu sou assim, incompleta como todas mulheres da minha vida, e os poucos homens que temos.

Sou infeliz sim por ter essa família louca que ao invés de me dar carinho, só me dá patada e depois, vem cobrar que eu pegue no colo. Desculpa, mas a gente só dá aquilo que a gente tem e isso eu não tenho. Não me recordo de ninguém me dando carinho, de ninguém me dando apoio, de ninguém me colocando pra frente em nenhuma decisão que tomei na vida!

Você pode pensar que é egoísmo da minha parte. Mas coloque a mão na consciência antes de me julgar e veja que eu ainda sou aquela menina que chorava pelos cantos e que todo mundo deixava de lado e nunca tentou entender, que eu sou aquela menina esquecida que ninguém pegou no colo pra dizer: calma, tudo vai ficar bem!!!

Estou cansada, muito. Levemente irritada. Profundamente chateada e quando penso, não acho uma solução além de aceitar e me conformar com o que eu tenho. Mas e eu? Quando é que vocês vão me aceitar do jeito que eu me transformei pra sobreviver?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sazón

acordei com uma vontade de cozinhar com amor...
talvez seja a saudade que eu sinta da vida como era,
talvez seja a saudade do conforto que isso me trazia...
Não sei...
Sei que acordei com vontade de levar amor de uma forma diferente,
De dar carinho com um ato simples....
De caprichar nas especiarias e tudo mais para levar prazer de outra forma.
Sinto que o cotidiano me mata, mas me mata mais ainda não te-lo.
Era óbvio ter seus braços depois do jantar....
Eram silenciosas nossas tarde...
E embora fosse tudo que eu não me conformava,
hoje percebo que é todo o conforto que preciso.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Só uma coisinha....

E se por um dia eu tivesse a resposta que tanto anseio....
Se por um minuto eu tivesse a razão que espero...
Se por um instante eu desligasse esse motor?
Oh mundo, pare de rodar um pouco...
estou tonta...
estou zonza com tamanha velocidade que as notícias correm,
com a dinâmica que a vida escorre entre meus dedos
e com a imensidão desse mar.
É apenas um grãozinho de areia a me incomodar,
mas como incomoda...
É tão insignificante, tão incontrolável e tão destrutível...
É a incerteza da transformação:
serei pérola ou não?
serei você ou nós?
serei, ou farei?

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Caminhos mais fáceis


E há caminhos mais fáceis, de se viver, iludir e agüentar,
Mas facilidade talvez não seja a palavra da vida.
Viver, tal como um sonhador, na beira do mar, olhando o céu
Admirar as estrelas e desejar possui-las.
- Tolo, estrelas ao mundo pertencem...
Querer, na manhã seguinte, sorrir com o coração em cacos
 - Tolo, coração valente não enfrenta a vida assim...
A sorte, que a poucos sorri, deixa as marcas na pele
- Fútil, a sorte não é constante
- A sorte é um só instante...
Força, sinto informar, mas força
Esta sim resume não só a vida, mas o homem
Que tão tolo, fútil, estrela, coração e sorte, busca o que ele nem sabe explicar
E no caminho, aquela pedra mencionada que reflete tantos obstáculos que a gente tende a enfrentar.
E há caminhos mais fáceis de se viver, mas, esse eu não quero
Tenho força,
Sou um eterno lutador,
Na minha eterna cruzada,
Jornada sem fim que dia pós dia perde seus soldados
Mas ganha experiência!!!
Então vivo, vivo pra lutar porque nunca tive sorte mas sempre tive o que quis pois lutei...
Abaixei a cabeça muitas vezes, tentei entregar a luta,
Mas volto, de cabeça esperta e continuo a caminhada sozinha pois vida, minha vida, estamos nesse barco só nos!!!

Escrito em 2006, quando eu não fazia nada da vida e só pensava em poesia....
Pra mim, um dos meus pensamentos que mais me refletem...

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Será que temos esse tempo pra perder?


Constantemente me volto ao dicionário para ampliar meus horizontes. Sim, acredito que embora se ouça, fale ou escreva algumas palavras, esquecemos o real significado delas.

Hoje, como diversos dias, fui questionada se eu tenho paciência. Sim, paciência é algo que não aplico no meu dia-a-dia, porque pra mim, paciência é algo para acomodados, o que eu não sou e luto constantemente para não ser.

E o significado do dicionário não mudou essa percepção... "Virtude de quem suporta males e incômodos sem queixumes nem revolta".

Como que vamos suportar males e incômodos sem nos revoltar? Isso não entra na minha cabeça. Mas pera lá....

Revoltar-se é quebrar esse paradigma e não rebelar-se. Não é fazer guerra, é ter uma batalha. É sair da inércia e transformar o instransformável. 

Lá vem eu com meus pensamentos românticos... rs 

Por que eu vou esperar se eu posso fazer com minhas próprias mãos? Se eu tenho 2 braços, 2 pernas, 2 olhos, saúde e tudo mais?

Por que deixar pra Deus se Ele tem zilhões de pessoas pra pensar?

Penso, logo, que eu posso dar uma mãozinha pra Ele, aliviando toda a pressão e responsabilidade que eu atribuiria a Ele se Ele fosse o único responsável por tudo que acontece. Posso trabalhar em conjunto com Ele e não fazer Dele o único responsável por minha felicidade, deixando assim Ele trabalhar por aqueles que ainda não sabem da força que possuem.

Uma coisa é deixar nas mãos de Deus, outra coisa é deixar na mão de terceiros, quartos e quintos... 

Como que vou atribuir a minha falta de "promoção no trabalho" ao chefe que eu tenho se eu não consigo terminar uma faculdade, não concluo o que eu comecei e não estou feliz fazendo o que faço?

Como vou deixar minhas decisões para outros tomarem sendo que só eu sei o que é melhor pra mim? (Eu e Deus!)

Quando se trata de males e incômodos, eu me sinto totalmente responsável por essa mudança e não tenho paciência não. Quem é que gosta de ficar mal? Quem é que fica numa boa sendo picado por abelhas?

Eu sou o único responsável pelas minhas felicidades e infelicidades. 

Pois bem, para mim não é que sou impaciente, sou estrategista! Claro, porque eu já penso em 50 ou 500 (depende do caso) possibilidades de transformar aquilo que me incomoda evitando assim sofrer.

Sofrer não faz bem pra ninguém. Esse é meu constante inimigo.

Quando me perguntam qual meu maior medo na vida eu digo: não ser feliz!

Eu sei que felicidade pode ser mil coisas, é subjetiva, é abstrata, mas felicidade pra mim é um estado de espírito e é assim que quero viver pra sempre.

Feliz é aquele que sorri de raiva, chora de felicidade, briga de saudade, sente por amor. 

É com toda intensidade dos gestos, dos gostos, dos fatores, das vidas.

São as constantes mudanças que eu proporciono pra mim mesma e as que eu aceito.

É como trocar de roupa para ir naquele evento mais importante. Com paciência, eu visto a primeira e engulo minha baixa alto-estima. Sem paciência eu corro atrás do vestido perfeito e esbanjo segurança.

Ta ai... paciência e perfeição são coisas que não combinam.

Eu corro atrás da perfeição, da felicidade suprema, da máxima realização da vida. 

Não vou ver os dias passarem na janela e "só Carolina não viu..." aii como essa música me atormenta.

Enfim... concluindo e respondendo a todos: paciência é pá ciência e não pá mim - brincadeirinha infame... rs


 

E como diz a bela canção... "eu finjo ter paciência!"http://www.youtube.com/watch?v=bjtl2gbolSI

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Trabalhar....

Quem foi que disse que se encontrássemos prazer no que fazemos não se teríamos trabalho? 
Conheço um zilhão de pessoas (inclusive eu) que amam o que fazem mas têm muiito trabalho todos os dias. Sim, afinal, não importa o que se faz com prazer já que ainda temos que lidar com as pessoas.
Poxa vida, a vida seria tão mais fácil se pudéssemos trabalhar sem as os espertinhos, com os que sempre tem um "jeitinho" pra tudo, com aqueles que se acham a bala que matou Kennedy.
(Ai... confesso que estou brava e esse desabafo de hoje é um pensamento constante em minha vida e na vida de alguns amigos.)
Vejo e acompanho tantas pessoas que se encontraram em suas profissões, mas sofrem porque esse tipo de gente tem em todo setor, em todo lugar.
Aposto que você já trabalhou por alguém que não fazia nada o dia inteiro, ou ficava na internet vendo site de fofoca, ou ficava fofocando no telefone.
Aposto que você já se estressou com algum filho da mãe que não entende nada do seu trabalho e de repente vem dar os seus "jeitinhos" onde não foi chamado.
Aposto que você já chorou de raiva com aquele chatão que se acha a própria brilhantina dos cabelos negros do Elvis.
E também aposto que você já lidou com alguém que recebe a mesma coisa que você, tem a mesma posição que você e que não sabe fazer metade do trabalho, que fica o dia inteiro te perguntando como se faz isso e aquilo e nunca aprende.
Certa vez, conheci uma pessoa que não aguentava mais trabalhar na empresa onde estava porque havia um "colega" que recebia a mesma coisa e não sabia fazer nada e esse "colega" confessou pra ele que realmente não sabia fazer nada, que havia mentido no currículo inteiro e como não precisou fazer teste nenhum, ele foi contratado. Dai, esse conhecido resolveu ensinar algumas coisas básicas porque afinal de contas, o "colega" o atrapalhava - pois ele dependia do trabalho dele. Ele não conseguiu ensinar nada porque o espertão não estava afim de aprender. Era a terceira empresa que ele entrava desse jeito e em todas ele encontrou "alguém" pra se resolver.
É revoltante isso. Nós que gostamos de trabalhar, que temos prazer no que fazemos, que nos dedicamos sempre somos prejudicamos por causa dessa gentinha.
Pois bem, o que me tira do sério também é que muita dessas pessoas estão em cargos altos. 
Alguém me explica como isso pode acontecer?
Será que eu que sou exagerada e me incomodo com esse tipo de coisas? Será que sou só eu que fico nervosa e brava porque eu resolvi usar o cérebro, a inteligência ao invés da esperteza?
Olha... com toda sinceridade do mundo, eu realmente não sou a pessoa mais calma do mundo. Quem se relaciona comigo sabe que eu sou exigente em todos os sentidos, inclusive comigo mesma. Mas é muito difícil manter a calma em situações como essas mencionadas.
E dai, o que fazer?
Trocar de empresa? Esse tipo de gente tem em todo lugar!
Fingir que não está vendo? Acho que por um tempo é possível controlar... mas seria como sobrar uma bexiga, uma hora vai estourar.
Fazer menos e ver se os outros percebem? Arriscado demais, capaz de você ser demitido e o espertão ficar....
Trabalhar sozinho? Sim... pra mim essa é a melhor solução de todas!!! 
Não existe perfeição com mais de uma pessoa porque perfeição é algo tão singular, particular, tão único.
Acho que a probabilidade de se encontrar alguém perfeito no trabalho é quase a mesma que achar o amor perfeito. Ou melhor pensando... vai depender do participante, ne? afinal, pra mim trabalho é algo bem mais fácil que coração... but anyway... acho que a batalha pela sobrevivência continuará. 
Levanto a voz, remelexo o corpo, estresso, desestresso, 
enfim... o que seria da vida sem emoção senão uma moto numa pista sendo carregada... arrastada...
Prefiro sentir todo o poder do motor. Mas saida da frente, porque eu estou passando!

(No final desse desabafo, ninguém se feriu, rs... e eu já estou zen... )

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia dos professores

Hoje é nosso dia... dia dos professores... recebi algumas mensagens de felicitação e ai comecei a lembrar o porque da minha escolha.
Quando eu era pequena,  eu admirava muito alguns professores. Lembro-me claramente da relação que tinha com a professora Edilene, a professora mais querida da escola inteira. Era a professora maluquinha da 4º série. Fazia a gente memorizar todos os países e capitais da América Latina cantando e dançando e eu nunca mais me esqueci de nenhuma capital, alias, tenho certeza que todos os alunos que assim aprenderam  se lembram das capitais com o som daquela cantoria dos alunos.
Depois veio o professor Crepaldi, um homem inteligentíssimo, professor de Português e Inglês. Era a sabedoria em pessoa. Admirava seu jeito de ser, sua inteligência. Foi com ele que aprendi a ter gosto pelas línguas.
Tive professores que me deixaram de recuperação porque eu não tinha dado o melhor de mim. Nunca me esqueço que fiquei de recuperação em Educação Artística porque a professora acreditava que eu podia ser melhor do que a média. Também me lembro o quanto eu fiquei com raiva dela ao saber que 5,8 virou 5,5 e não 6,0.
Tive professores também que acreditavam no meu potencial criativo, que me desafiavam todos os dias e me “obrigavam” a ser extraordinária. Como se esquecer da professora Valderez, a mais cruel de todo colegial que ensinava Geografia Política e desafiava todos a pensarem.
Também tem a Jucélia, professora de física e matemática. Ela insistia tanto tanto pra eu pensar, achar soluções e ter o raciocínio lógico. E embora eu nunca tenha entendido e gostado das duas matérias, eram as matérias que eu mais ía bem, que eu fechava o semestre com 10.
Depois, na faculdade minha relação com os professores foi algo surpreendente. Tinha professores inteligentíssimos, mestres que me incentivaram muito a sair do meu normal. Pessoas que eu nem sabia mas que acreditavam tanto no meu potencial que me apoiaram em todos os trabalhos científicos, nos projetos acadêmicos e tudo mais.
O mais engraçado é que o círculo é pequeno e que depois de anos saído da faculdade, encontrei pessoas que tiveram aulas com os meus mestres  e soube através deles o quanto meus mestres acreditavam no meu potencial poético... rs
Uma mestra que me inspirou muito e que me inspira todos os dias é Maria Helena. Que mulher! Culta, inteligentíssima, viajada, antenada, descolada, bem resolvida e que ama fazer o que faz.
Uma mulher que inspira qualquer pessoa, que a mim inspira confiança, determinação e que hoje é o espelho de mulher que eu quero ser...
Bom, todos esses exemplos de professores que cruzaram meu caminho justificam ainda mais a minha escolham, claro que não posso esquecer todos os professores que trabalharam comigo tbm.
Sou professora por paixão, por  acreditar que assim eu consigo fazer um mundo melhor. Por que naquele momento em que o professor Crepaldi me ensinou um idioma diferente, ali eu descobri uma paixão, ali eu transformei a minha vida.
Professores com paixão são doadores de si próprio o tempo todo. Acreditam da sua maneira que são capazes de transformar, alias, são agentes transformadores de personalidades, de destinos, de profissionais.
Isso o dinheiro não compra. A satisfação de ver uma pessoinha “melhor” porque vc contribuiu de alguma forma pra que ela assim ficasse, isso é um presente, um reconhecimento tão forte, tão superior que pra mim, justifica minha vinda ao mundo.
E ai eu retorno aquela velha filosofia que eu divulgo: somos todos compostos por um pontinho. Professores também são esses pontinhos em nossas vidas. Sou feliz por me doar, me entregar e saber que eu sou um pontinho especial na vida de alguns. É claro que daqueles que querem, claro. Mas ai é uma questão de escolha, certo?
Enfim... agradeço a todos os professores que passaram por minha vida. Já falei muito e não deu pra falar de todo mundo, mas tem muitos muitos professores especiais que estão aqui na história da minha vida. Meus amigos professores também que sabem que o salário não é aquelas coisas, mas que ainda insistem.
Parabéns a todos nós!

domingo, 14 de outubro de 2012

Paz interior...


Tirei alguns dias de descanso...
Sim... me retirei para não pensar mais.
Havia um tempo em que eu não pensava em nada, e isso me gerou "boas" consequencias...
Hoje lido com todas, não da melhor forma... mas até então, eu acreditava que era sim o melhor jeito.
Ha um certo tempo atrás divulguei a filosofia para alguns amigos de que eu cansei da superfície e que queria na minha vida somente coisas intensas e profundas. E passei a correr atrás disso.
Como?
Na superfície!
Sim... passei a ignorar as pessoas. A não aceitar convites para sair, conversar, papear... A esquecer que existem outras pessoas além de mim.
E ai virei dona da minha superficialidade. Tão dona, tão dona, que me sentia até segura para qualquer tempestade que viesse.
Olha... ainda não veio nenhuma tempestade... mas a casa ainda é de palha, e uma chuvinha leve já a danificou.
A verdade é que eu só enxerguei agora que eu realmente me encontro na superfície e não onde eu quero estar, na profundidade.
Bom... e depois de 2 dias lindos e maravilhosos ao lado de tanta gente querida, eu retornei ao meu cafofo cheia de nada... ou seja, voltei vazia...
Foram 2 dias em que eu não tentei achar solução pra nada... foram 2 dias que eu não precisei me preocupar com horas, com dieta, com nada... foram 2 dias em que eu sumi!!!
Mas ao retornar, me peguei aqui na frente do computador ouvindo músicas altamente reflexivas, com uma vontade doida de expressar ao mundo o quanto eu estou vazia.
Logo penso que estar vazia não é lá tão ruim... pq ainda há espaço, e se há espaço, há esperança de que isso seja preenchido.
Mas o que eu queria muito são duas respostas:
Por que preciso estar na superficialidade pra entender que eu quero o profundo?
Por que preciso me controlar para me aprofundar?
De verdade, isso não está fazendo sentindo algum na minha cabeça nesse momento.
E embora eu tenha adorado o fato de sumir em 2 dias, eu me sinto perdida porque afinal, foram 2 dias em que eu não construí algo para mim mesma... 2 dias sem pensar e achar respostas e que me deixaram totalmente fora da minha superfície... foram 2 dias profundos sem controle algum.
Creio que estava era me enganando... não dá pra se viver controlando os sentimentos, se preparando pra tudo. Logo, não dá pra mergulhar profundamente sem ter o mínimo de conhecimento das técnicas de mergulho, sem ter os equipamentos necessários, sem ter algumas tentativas com erros e acertos.
Ou seja, acho que ainda é preciso me preparar pra viver... preciso tentar, errar, acertar, ver o que pode ou não pode ser... É preciso saber viver... é preciso aprender, continuamente, aprender...
Serei um eterno aprendiz sem tentar....
Pois bem... eu estou indo pras cabeças agora!!! Vou fazer um intensivão!!! rs

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

eu me rendo...


Deitada, chorando.... corpo quente... olhos molhado...
Choro como louca, com uma dor imensa que me invade e que tanto me tormenta...
É meu passado... um passado lindo que eu não soube lidar...
Vergonha! Sim, muita... fiquei anos fugindo de mim mesma pra não ouvir meu coração e confessar a mim mesma o quanto algumas importantes foram especiais para mim.
Por muito tempo, permaneci calada perante a tamanha profundeza... Eu me encontrava na superfície.
E agora, com tantas provas da vida, com tantas mudanças bruscas, eu aceitei que isso não era saudade pura e simples... era necessidade...
Necessidade de agradecer, de baixar a cabeça, de mostrar o quanto essas pessoas foram especiais pra mim....
Necessidade de me libertar dessa culpa que eu senti por todo esse tempo por falta de coragem em dizer um mero obrigada ou um feliz dia das mães, como eu fazia todos os anos.
Minhas atitudes não condizem com minhas palavras... me expresso bem melhor com elas...
Logo espero que essas pessoas entendam que eu não tenho inteligencia emocional alguma, que eu não tenho estrutura pra demonstrar nada porque sou um pedaço de pedra castigado pelos maltratos da vida.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pra você...


Eu não sou responsável por suas palavras,
eu não vou adivinhar suas emoções,
eu esgoto minhas tentativas e deixo você se expressar.
Porque não respondo pelos seus atos, 
e nem tenho poder de guiá-los.
Assim, decido ficar calada
independente da dor que eu sinto.
Permaneço indolente,
não mexo uma palha
porque as palavras são suas,
as emoções também
e por mais que eu tente
meu esforço será em vão

se você nada sente....

domingo, 19 de agosto de 2012

Como ser um professor na era dos smartphones???


Ok. A tecnologia está em constante evolução. As novidades são cada vez mais interessantes. É gostoso demais poder ter tudo ao mesmo tempo, num só lugar. Mas os telefones estão smarts, e você, aluno?
Agora é normal o celular estar nas salas de aulas, juntamente aos cadernos e apostilas. Sim, eles ficam em cima dos livros e não mais nos bolsos e afins. A opção "silênciosa" é a escolhida. Mas que adianta o celular não causar mais a distração ao tocar, se você já está distraído olhando pra ele de 5 em 5 minutos aguardando um comentário no facebook, uma mensagem no whatsapp??

As vezes, pego os alunos olhando toodas as atualizações da página do globo.com ou de esportes, que seja, enquanto eu viro de costas pra escrever na lousa. Poxa, não tenho olhos nas costas, MAS EU NÃO SOU BESTAAAA!!! Sei que vocês estão olhando loucamente cada atualização, cada comentário, cada notícia nova que aparece.

Isso me dói, dói de verdade. Escolhi ser professora por amor. Ensino, leciono por prazer. Entrego-me todos os dias nas aulas, me doou totalmente para entregar o melhor pra vocês, alunos, e vocês, não conseguem largar por 1 hora esse vício que dia a dia te consome sem você perceber?

Peço que pense no oposto. Se você entrasse na sala de aula disposto a aprender e eu ficasse ali olhando de 5 em 5 minutos o meu facebook e não desse atenção as suas dúvidas e ao que estou fazendo. Se eu fizesse uma aula de qualquer jeito e ficasse no celular conversando com algum amigo, você iria aprender alguma coisa desse jeito? Alias, você iria gostar de ter uma professora assim?

Pois é, eu acredito que a resposta seja não. Afinal, ninguém gosta de "pagar" por um professor que não tem amor ao que faz, que faz de qualquer jeito, que está ausente pra você.

Contudo, a diferença não está apenas no pagar. Você não paga pra eu estar ali, EU QUEM PAGUEI E PAGO ALTO PARA ME MANTER ATUALIZADO, PRA APRIMORAR MINHAS HABILIDADES E PARA LEVAR SEMPRE O MELHOR PRA VOCÊS!!!

Não quero alunos de corpo presente... eu quero alunos de alma!!!

Escolhi ser professor porque essa foi a maneira que achei de tentar acrescentar algo importante ao mundo, de levar educação, de melhorar aqueles que se permitem abrir a cabeça e se enriquecer culturalmente!

Ser professora é um prazer, então, smartphones, por favor não me roubem esse prazer! Não levem embora essas almas que estão, em sua grande maioria, perdidas e carentes por afetos cibernéticos.

sábado, 18 de agosto de 2012

Ahhhh Carolina....



Carolina é mais que um nome, é uma energia positiva que vai além de ser. É existir. É transceder!
Talvez você não entenda, só a Carolina entenda! Mas ser uma Carolina, é ser uma eterna menina de olhos grandes e abertos buscando desbravar o seu próprio mundo.
Desbravar o mundo com medo! Sim! Todas as Carolinas têm medo. São medrosas demais. Lutam muito contra seus pensamentos e pensam demais para agir. Não é insegurança, é apenas sua eterna batalha por ser perfeita!
A Carolina é também uma grande mulher. Sabe aquelas mulheres misteriosas que deixam todos curiosos para conhecer? Então, essa não é a Carolina, porque a Carolina é transparente. Ela é um livro aberto sendo escrito a cada segundo. Ela não esconde nada e nem teme as consequências se ser tão aberta.
Ser Carolina é ser uma mulher livre de preconceitos, de títulos e mistérios. É ser aberta porque isso lhe permite estar em constante aprendizado!
Então, não espere da Carolina o básico, o essencial, porque isso ela não sabe fazer e nem poderá lhe dar!
Espere sim uma menina inocente que vai te surpreender com uma surpresa carinhosa... Espere sim uma mulher evoluída, forte capaz de surpreender com tamanha segurança.
Então, Carolina, esqueça esse medo de ver a vida passar pela janela e saia por essa porta agora e vá viver.
Não se importe com o Chico. Ele pode ter visto a rosa nascer, a festa acabar, o barco partir, mas ele não viu quem você era de verdade.
"O tempo passou na janela e só Carolina não viu..." porque ela assim quis!!! Porque assim foi melhor pra ela!!!

OBS.: DEDICO ESSE PENSAMENTO A TODAS MINHAS AMIGAS CAROLLINDAS!!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Pra recomeçar...



Faz tempo que eu ando ensaiando pra vir aqui e me entregar as palavras. Talvez seja o fato de eu estar com um computador novo há 6 meses e nunca ter instalado o pacote office... mas talvez, e mais provável , é que em algum momento desse muito tempo, eu tenha me perdido.
Mas então, hoje eu vim abrir meu coração e confessar a todos: eu realmente me perdi!
Eu me perdi no meio de poucos telefonemas, no meio de tantos problemas, no meio de solidão, de multidão, de loucura, de calma, de paciencia, enfim... eu me perdi!!!
Eu me perdi de tal forma que eu não consigo mais encontrar a ponta do barbante e recomeçar o novelo, eu me perdi com tanta intensidade que minhas palavras pareciam tolas e banais pra iniciar um email se quer.
O fato é que perdida, eu estou tentando recomeçar. Mas recomeçar de onde? Eu nem sei onde eu parei.
Na verdade, eu não sei se eu realmente parei, se pararam comigo, se me pararam. Eu sei que minhas idéias não cabem mais nos meus sonhos, que meus sonhos não cabem mais na minha cabeça e minhas vontades, ahh... elas não pertecem mais ao meu coração.
Agora pela primeira vez, depois de muito muito muito pensar, eu reflito que no fundo estar perdida é a minha possibilidade de me reconhecer.
Assim, eu abri mão de muitas coisas, inclusive de mostrar felicidade. Sim, porque é muito dificil manter um sorriso quando o coração está machucado, quando se está com medo. Mas, o mais dificil é guardar o sorriso quando todos esperam que ele esteja no seu rosto.
Ser forte, sorrir, ser feliz é complicado e ninguém fala isso, afinal, é o que todos desejamos ser, não é? Mas a felicidade é composta de cada instante e eu sempre demonstrei ela, a mim e a todos que me cercavam, de forma gratuíta e sem preconceitos.
Mas isso me virou um fardo tão grande que começaram a me cobrar tanto esse sorriso que ai eu fui me perdendo mais, e mais questões invadiram meus pensamentos, mais situações foram criadas e me pego afim de gritar: PARE O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!!!
Eu me perdi sendo forte porque eu não sou só isso. Eu sou feita de fraqueza, de pobreza, de sobrevivência. E eu também sou feita de força, de brutalidade, de sorriso largo e felicidade...
Porém hoje eu não quero mostrar nada, quero ser uma folha em branco, uma página vazia a espera da poesia mais bonita para compor meu livro.
Hoje eu quero um céu sem estrelas, eu quero um copo vazio, eu quero um pedaço de pano...
Há momentos na vida, em que precisamos nos livrar das formas, das modas, dos conceitos, dos trejeitos, como diria Fernando Pessoa "É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, pra sempre, à margem de nós mesmos."
Estou sim nesse momento.
Estou me livrando do que não me faz bem...
Estou tirando os nós e recomeçando esse novelo!
Isso tudo, foi a vida que me proporcionou. Sim, os momentos que passei até agora, algumas coisas me mostraram mais e mais que é preciso intensamente, porque amanhã posso não estar aqui pra terminar esse capítulo.
Por isso eu fiz essa grande opção de recomeçar e lhes digo: cansei do supérfulo. Cansei do genérico!!! Cansei das suas palavras doces que me cortam como navalha, que me dilaceram continuamente por serem tão óbvias e nada original.
Não me venham mais com frases feitas, com histórias e fés e o que seja.... Eu não vou sorrir apenas porque tenho um rosto bonito, eu não vou ser feliz apenas porque tenho uma vida boa... Se você é incapaz de compreender isso, não sinto nem pena!!!
EU estou indo... indo me recontruir, me refazer, recomeçar.... porque eu tive a oportunidade e porque eu quero!
Deixe-me... se a falta do meu sorriso te incomoda...
Permaneça.... se realmente compreende e entende o que eu realmente sou!
Assim hoje eu quero um céu sem estrelas pra poder imaginar tooodas elas e desenhar no céu o que eu quiser...  eu quero um copo vazio pra eu enxergá-lo assim e enxê-lo do que eu quiser... eu quero um pedaço de pano pra fazer um vestido novo e poder sorrir livre!


quinta-feira, 15 de março de 2012

Felicidade...


Eu acredito na felicidade. Acredito nas coisas lindas, no lado bom, no lado mal... Tento entender como a simplicidade das coisas pode me mostrar a grandeza de pequenos atos, de grandes palavras, de poucas atitudes.
Ai me pego constantemente pensando: pq não somos felizes?
quem foi que explicou que felicidade é ter tudo aquilo que vc quer exatamente do jeito que vc sonhou?
A vida seria tão chata se tudo fosse perfeito. Seria lindo demais que até enjoaria. E olha que eu curto um doce... mas não... a vida precisa de baixos pra sabermos como é subir.  a vida precisa sair de nossas mãos pra aprender que precisamos valorizar aquilo que não estamos olhando.
Talvez seja apenas a perspectiva que vc está olhando que esteja te fazendo tão mal. Talvez seja uma ocupação que lhe falte. Mas todos nós temos todas as ferramentas para ser felizes. E então, pq que não somos?
Quem foi que disse que a gente sempre tem que querer mais?
Felicidade não é estar sempre em busca de algo perfeito, não é alcançar essa perfeição e nem viver em constante cobrança consigo mesmo para não se acomodar.
Feliz é aquele que acorda e sabe que tem um dia lindo pela frente. Que tem ao seu lado grandes parceiros, amigos, amores, sabores, essencias...
Por que não posso ser feliz assim?
Eu só quero admirar a paisagem, ver meus amigos maiores, ver minhas crianças nascerem e viverem intensamente cada raio de sol. Eu só quero a felicidade que me completa em luz, a felicidade que me cerca a alma e faz eu evoluir e não sobreviver.
A busca constante é, pois, uma singela observação de que a felicidade tem seu tempo e que esse tempo é mais precioso que ela!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Amor de índio

A culpa é dos Chicos, do Caetano, das Marias, das Carolinas...
É por causa deles que eu sonho, você sonha, nós sonhamos!
É por causa do "eu te amo", é por causa da "Geni",
É devido a "metade arrancada de mim" que busco constantemente esse amor perfeito,
"que eu conto os dias, conto as horas" pra encontrar...
É uma "força estranha" que me faz seguir sangrando,
me arrastando, te arranhando e te agarrando...
É esse sonho de não se arrepender, 
e ter a "pena imensa dos carinhos teus"...

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

"o importante é que emoções eu senti..."


"Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a
raposa disse:
- Ah ! Eu vou chorar.
- A culpa é tua - disse o principezinho. - eu não queria te fazer mal: mas tu quiseste que
eu te cativasse...
-Quis - disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! - disse ele.
- Vou - disse a raposa.
- Então , não teras ganho nada!
- Terei , sim - disse a raposa - por causa da cor do trigo."

Esse trecho foi o mais perfeito da 367º leitura desse livro, talvez pelo momento, mas com
certeza pela vida, por tudo...
É engraçado como muitas vezes a gente deixa de viver alguma coisa com medo, e esse
medo atrapalha demais, porque a gente está vendo a vida muito dura, com os olhos de
adulto, como diz o principezinho... A gente esquece que embora a gente chore no final,
sempre tem coisas que valeram.... Que nem tudo foi tão triste assim... Que nem sempre
vale a pena levar tudo tão ão pé da letra, a risca... 
É preciso deixar ser cativado para
ter sua importância, para não ser apenas uma rosa igual a todas as 5 mil outras naquele
jardim... E mesmo que se chore, o choro é inevitável, mas é como a raposa diz, chorarei
no final da mesma forma que as coisas boas também terão acontecido e essas lembranças
deliciosas nos tornarão mais vivos e intensos.
Eu choro muitas vezes e sei que ainda muito vou chorar... No entanto, sei que dessas
muitas vezes que chorarei, terá uma alegria que valerá a lágrima. A cada lágrima
derramada, terei tido um sorriso conquistado, um beijo inesquecível, um carinho
inexplicável e uma alegria capaz de ter transformado meu dia.
É preciso de duas ou mais larvas para se ver uma borboleta... Então, para aquele que tem
medo de me fazer chorar eu digo: eu quero chorar no final! Assim vc saberá o quanto me
cativou. Assim eu saberei e valorizarei cada gesto, cada passo, cada ação sua e nossa!
E da mesma forma eu pagarei: eu tbm espero te fazer chorar! Porque eu quero te fazer
feliz enquando eu continuar a te cativar!
Talvez a felicidade dure apenas uma piscadela... Talvez não... O medo não nos trará essa
resposta, só trará essas lágrimas mais cedo que nem teremos alegrias para justificá-las!