Hoje me pego na nostalgia das promessas para 2011. É uma grande contemplação e manifestação geral as promessas, as intenções, as expectativas.
Expectativas. Acordei pensando nessa palavra e fui até o dicionário. É, poucas vezes vamos consultar uma palavra que já conhecemos ne? Todavia, me surpreendi com sua definição. Descobri que expectativa, em sua definição mais primitiva, é a “situação de quem espera uma probabilidade ou uma realização em tempo anunciado ou conhecido”.
Quando mergulho nas suas derivações, descubro o que me intriga: “Esperança, baseada em supostos direitos, probabilidades ou promessas”.
Então, as expectativas que tanto brilham em nossos olhos é algo que julgamos que será possível, que temos o direito de alcançar? Eu só tinha esperança, nem sabia que no fundo eu acreditava no direito, na probabilidade de sua realização. Mas faz muiito sentido!
Pois então vou mais longe, a verdade é que parei pra pensar na origem dessa palavra e não encontrei. Então, fiz minha própria definição na cabeça: expect - ativa.
Agora a palavra faz sentido para mim. Expect de esperar, ativa de correr atrás. Assim, embora minhas expectativas sejam algo que eu acredito que tenho direito, nada acontecerá se eu não nada fizer.
Então, para 2011 penso que minhas expectativas devem vir de meus atos realizados em 2010. Afinal, algo plantei para colher, certo?
Nem tanto. Não paramos para pensar que é preciso plantar para colher, ou paramos. Contudo às vezes, no percurso do ano, não plantamos o que realmente queremos, ou deixamos outros plantarem e as nossas expectativas ficam pra trás.
É por isso que essa palavra me instigou, visto que estou pensando em coisas possíveis e motivada pela “possibilidade de obter satisfação” – outra definição derivada que faz todo sentido, afinal as expectativas para 2011 nada mais são do que expressão dos nossos prazeres e desejos mais profundos.
É na renovação de um ano que ambicionamos novos prazeres ou prazeres que ainda não se concretizaram. É na revigoração dos nossos pensamentos que é possível mudar de atitude.
Para 2011, tudo que espero é uma vida mais simples e descomplicada. Sim, meu desejo é a simplificação das palavras, a descomplicação dos atos. Estou tentando plantar essa árvore na cabeça das pessoas, e digo que é árvore e não flores nem frutos, afinal a árvore me remete a origem, a algo robusto, forte, troncudo que tem suas raízes muito bem fixadas na terra e perdura por anos.
A simplificação das palavras e a descomplicação dos atos deve estar enraizada na sua cabeça e existir para sempre, uma vez que o contrário só nos traz solidão, tristezas e incertezas que não precisamos plantar no nosso jardim.
Deixe as ervas daninha para 2010. 2011 é a possibilidade de um novo jardim, é a expectativa. Mas se você nada fizer, é bem provável que em 2012 a gente tenha a mesma conversa. Por isso, reflita muito nos seus prazeres, nos seus desejos e também naquilo que você não quer. E lembre-se que não é necessário um ano novo vir, pra gente mudar. Todo e qualquer dia é dia de mudança, pois as mudanças ocorrem de dentro pra fora e não ao contrário.
Desejo a todos muitas felicidades simples e descomplicadas!