quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Será que temos esse tempo pra perder?


Constantemente me volto ao dicionário para ampliar meus horizontes. Sim, acredito que embora se ouça, fale ou escreva algumas palavras, esquecemos o real significado delas.

Hoje, como diversos dias, fui questionada se eu tenho paciência. Sim, paciência é algo que não aplico no meu dia-a-dia, porque pra mim, paciência é algo para acomodados, o que eu não sou e luto constantemente para não ser.

E o significado do dicionário não mudou essa percepção... "Virtude de quem suporta males e incômodos sem queixumes nem revolta".

Como que vamos suportar males e incômodos sem nos revoltar? Isso não entra na minha cabeça. Mas pera lá....

Revoltar-se é quebrar esse paradigma e não rebelar-se. Não é fazer guerra, é ter uma batalha. É sair da inércia e transformar o instransformável. 

Lá vem eu com meus pensamentos românticos... rs 

Por que eu vou esperar se eu posso fazer com minhas próprias mãos? Se eu tenho 2 braços, 2 pernas, 2 olhos, saúde e tudo mais?

Por que deixar pra Deus se Ele tem zilhões de pessoas pra pensar?

Penso, logo, que eu posso dar uma mãozinha pra Ele, aliviando toda a pressão e responsabilidade que eu atribuiria a Ele se Ele fosse o único responsável por tudo que acontece. Posso trabalhar em conjunto com Ele e não fazer Dele o único responsável por minha felicidade, deixando assim Ele trabalhar por aqueles que ainda não sabem da força que possuem.

Uma coisa é deixar nas mãos de Deus, outra coisa é deixar na mão de terceiros, quartos e quintos... 

Como que vou atribuir a minha falta de "promoção no trabalho" ao chefe que eu tenho se eu não consigo terminar uma faculdade, não concluo o que eu comecei e não estou feliz fazendo o que faço?

Como vou deixar minhas decisões para outros tomarem sendo que só eu sei o que é melhor pra mim? (Eu e Deus!)

Quando se trata de males e incômodos, eu me sinto totalmente responsável por essa mudança e não tenho paciência não. Quem é que gosta de ficar mal? Quem é que fica numa boa sendo picado por abelhas?

Eu sou o único responsável pelas minhas felicidades e infelicidades. 

Pois bem, para mim não é que sou impaciente, sou estrategista! Claro, porque eu já penso em 50 ou 500 (depende do caso) possibilidades de transformar aquilo que me incomoda evitando assim sofrer.

Sofrer não faz bem pra ninguém. Esse é meu constante inimigo.

Quando me perguntam qual meu maior medo na vida eu digo: não ser feliz!

Eu sei que felicidade pode ser mil coisas, é subjetiva, é abstrata, mas felicidade pra mim é um estado de espírito e é assim que quero viver pra sempre.

Feliz é aquele que sorri de raiva, chora de felicidade, briga de saudade, sente por amor. 

É com toda intensidade dos gestos, dos gostos, dos fatores, das vidas.

São as constantes mudanças que eu proporciono pra mim mesma e as que eu aceito.

É como trocar de roupa para ir naquele evento mais importante. Com paciência, eu visto a primeira e engulo minha baixa alto-estima. Sem paciência eu corro atrás do vestido perfeito e esbanjo segurança.

Ta ai... paciência e perfeição são coisas que não combinam.

Eu corro atrás da perfeição, da felicidade suprema, da máxima realização da vida. 

Não vou ver os dias passarem na janela e "só Carolina não viu..." aii como essa música me atormenta.

Enfim... concluindo e respondendo a todos: paciência é pá ciência e não pá mim - brincadeirinha infame... rs


 

E como diz a bela canção... "eu finjo ter paciência!"http://www.youtube.com/watch?v=bjtl2gbolSI

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Trabalhar....

Quem foi que disse que se encontrássemos prazer no que fazemos não se teríamos trabalho? 
Conheço um zilhão de pessoas (inclusive eu) que amam o que fazem mas têm muiito trabalho todos os dias. Sim, afinal, não importa o que se faz com prazer já que ainda temos que lidar com as pessoas.
Poxa vida, a vida seria tão mais fácil se pudéssemos trabalhar sem as os espertinhos, com os que sempre tem um "jeitinho" pra tudo, com aqueles que se acham a bala que matou Kennedy.
(Ai... confesso que estou brava e esse desabafo de hoje é um pensamento constante em minha vida e na vida de alguns amigos.)
Vejo e acompanho tantas pessoas que se encontraram em suas profissões, mas sofrem porque esse tipo de gente tem em todo setor, em todo lugar.
Aposto que você já trabalhou por alguém que não fazia nada o dia inteiro, ou ficava na internet vendo site de fofoca, ou ficava fofocando no telefone.
Aposto que você já se estressou com algum filho da mãe que não entende nada do seu trabalho e de repente vem dar os seus "jeitinhos" onde não foi chamado.
Aposto que você já chorou de raiva com aquele chatão que se acha a própria brilhantina dos cabelos negros do Elvis.
E também aposto que você já lidou com alguém que recebe a mesma coisa que você, tem a mesma posição que você e que não sabe fazer metade do trabalho, que fica o dia inteiro te perguntando como se faz isso e aquilo e nunca aprende.
Certa vez, conheci uma pessoa que não aguentava mais trabalhar na empresa onde estava porque havia um "colega" que recebia a mesma coisa e não sabia fazer nada e esse "colega" confessou pra ele que realmente não sabia fazer nada, que havia mentido no currículo inteiro e como não precisou fazer teste nenhum, ele foi contratado. Dai, esse conhecido resolveu ensinar algumas coisas básicas porque afinal de contas, o "colega" o atrapalhava - pois ele dependia do trabalho dele. Ele não conseguiu ensinar nada porque o espertão não estava afim de aprender. Era a terceira empresa que ele entrava desse jeito e em todas ele encontrou "alguém" pra se resolver.
É revoltante isso. Nós que gostamos de trabalhar, que temos prazer no que fazemos, que nos dedicamos sempre somos prejudicamos por causa dessa gentinha.
Pois bem, o que me tira do sério também é que muita dessas pessoas estão em cargos altos. 
Alguém me explica como isso pode acontecer?
Será que eu que sou exagerada e me incomodo com esse tipo de coisas? Será que sou só eu que fico nervosa e brava porque eu resolvi usar o cérebro, a inteligência ao invés da esperteza?
Olha... com toda sinceridade do mundo, eu realmente não sou a pessoa mais calma do mundo. Quem se relaciona comigo sabe que eu sou exigente em todos os sentidos, inclusive comigo mesma. Mas é muito difícil manter a calma em situações como essas mencionadas.
E dai, o que fazer?
Trocar de empresa? Esse tipo de gente tem em todo lugar!
Fingir que não está vendo? Acho que por um tempo é possível controlar... mas seria como sobrar uma bexiga, uma hora vai estourar.
Fazer menos e ver se os outros percebem? Arriscado demais, capaz de você ser demitido e o espertão ficar....
Trabalhar sozinho? Sim... pra mim essa é a melhor solução de todas!!! 
Não existe perfeição com mais de uma pessoa porque perfeição é algo tão singular, particular, tão único.
Acho que a probabilidade de se encontrar alguém perfeito no trabalho é quase a mesma que achar o amor perfeito. Ou melhor pensando... vai depender do participante, ne? afinal, pra mim trabalho é algo bem mais fácil que coração... but anyway... acho que a batalha pela sobrevivência continuará. 
Levanto a voz, remelexo o corpo, estresso, desestresso, 
enfim... o que seria da vida sem emoção senão uma moto numa pista sendo carregada... arrastada...
Prefiro sentir todo o poder do motor. Mas saida da frente, porque eu estou passando!

(No final desse desabafo, ninguém se feriu, rs... e eu já estou zen... )

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia dos professores

Hoje é nosso dia... dia dos professores... recebi algumas mensagens de felicitação e ai comecei a lembrar o porque da minha escolha.
Quando eu era pequena,  eu admirava muito alguns professores. Lembro-me claramente da relação que tinha com a professora Edilene, a professora mais querida da escola inteira. Era a professora maluquinha da 4º série. Fazia a gente memorizar todos os países e capitais da América Latina cantando e dançando e eu nunca mais me esqueci de nenhuma capital, alias, tenho certeza que todos os alunos que assim aprenderam  se lembram das capitais com o som daquela cantoria dos alunos.
Depois veio o professor Crepaldi, um homem inteligentíssimo, professor de Português e Inglês. Era a sabedoria em pessoa. Admirava seu jeito de ser, sua inteligência. Foi com ele que aprendi a ter gosto pelas línguas.
Tive professores que me deixaram de recuperação porque eu não tinha dado o melhor de mim. Nunca me esqueço que fiquei de recuperação em Educação Artística porque a professora acreditava que eu podia ser melhor do que a média. Também me lembro o quanto eu fiquei com raiva dela ao saber que 5,8 virou 5,5 e não 6,0.
Tive professores também que acreditavam no meu potencial criativo, que me desafiavam todos os dias e me “obrigavam” a ser extraordinária. Como se esquecer da professora Valderez, a mais cruel de todo colegial que ensinava Geografia Política e desafiava todos a pensarem.
Também tem a Jucélia, professora de física e matemática. Ela insistia tanto tanto pra eu pensar, achar soluções e ter o raciocínio lógico. E embora eu nunca tenha entendido e gostado das duas matérias, eram as matérias que eu mais ía bem, que eu fechava o semestre com 10.
Depois, na faculdade minha relação com os professores foi algo surpreendente. Tinha professores inteligentíssimos, mestres que me incentivaram muito a sair do meu normal. Pessoas que eu nem sabia mas que acreditavam tanto no meu potencial que me apoiaram em todos os trabalhos científicos, nos projetos acadêmicos e tudo mais.
O mais engraçado é que o círculo é pequeno e que depois de anos saído da faculdade, encontrei pessoas que tiveram aulas com os meus mestres  e soube através deles o quanto meus mestres acreditavam no meu potencial poético... rs
Uma mestra que me inspirou muito e que me inspira todos os dias é Maria Helena. Que mulher! Culta, inteligentíssima, viajada, antenada, descolada, bem resolvida e que ama fazer o que faz.
Uma mulher que inspira qualquer pessoa, que a mim inspira confiança, determinação e que hoje é o espelho de mulher que eu quero ser...
Bom, todos esses exemplos de professores que cruzaram meu caminho justificam ainda mais a minha escolham, claro que não posso esquecer todos os professores que trabalharam comigo tbm.
Sou professora por paixão, por  acreditar que assim eu consigo fazer um mundo melhor. Por que naquele momento em que o professor Crepaldi me ensinou um idioma diferente, ali eu descobri uma paixão, ali eu transformei a minha vida.
Professores com paixão são doadores de si próprio o tempo todo. Acreditam da sua maneira que são capazes de transformar, alias, são agentes transformadores de personalidades, de destinos, de profissionais.
Isso o dinheiro não compra. A satisfação de ver uma pessoinha “melhor” porque vc contribuiu de alguma forma pra que ela assim ficasse, isso é um presente, um reconhecimento tão forte, tão superior que pra mim, justifica minha vinda ao mundo.
E ai eu retorno aquela velha filosofia que eu divulgo: somos todos compostos por um pontinho. Professores também são esses pontinhos em nossas vidas. Sou feliz por me doar, me entregar e saber que eu sou um pontinho especial na vida de alguns. É claro que daqueles que querem, claro. Mas ai é uma questão de escolha, certo?
Enfim... agradeço a todos os professores que passaram por minha vida. Já falei muito e não deu pra falar de todo mundo, mas tem muitos muitos professores especiais que estão aqui na história da minha vida. Meus amigos professores também que sabem que o salário não é aquelas coisas, mas que ainda insistem.
Parabéns a todos nós!

domingo, 14 de outubro de 2012

Paz interior...


Tirei alguns dias de descanso...
Sim... me retirei para não pensar mais.
Havia um tempo em que eu não pensava em nada, e isso me gerou "boas" consequencias...
Hoje lido com todas, não da melhor forma... mas até então, eu acreditava que era sim o melhor jeito.
Ha um certo tempo atrás divulguei a filosofia para alguns amigos de que eu cansei da superfície e que queria na minha vida somente coisas intensas e profundas. E passei a correr atrás disso.
Como?
Na superfície!
Sim... passei a ignorar as pessoas. A não aceitar convites para sair, conversar, papear... A esquecer que existem outras pessoas além de mim.
E ai virei dona da minha superficialidade. Tão dona, tão dona, que me sentia até segura para qualquer tempestade que viesse.
Olha... ainda não veio nenhuma tempestade... mas a casa ainda é de palha, e uma chuvinha leve já a danificou.
A verdade é que eu só enxerguei agora que eu realmente me encontro na superfície e não onde eu quero estar, na profundidade.
Bom... e depois de 2 dias lindos e maravilhosos ao lado de tanta gente querida, eu retornei ao meu cafofo cheia de nada... ou seja, voltei vazia...
Foram 2 dias em que eu não tentei achar solução pra nada... foram 2 dias que eu não precisei me preocupar com horas, com dieta, com nada... foram 2 dias em que eu sumi!!!
Mas ao retornar, me peguei aqui na frente do computador ouvindo músicas altamente reflexivas, com uma vontade doida de expressar ao mundo o quanto eu estou vazia.
Logo penso que estar vazia não é lá tão ruim... pq ainda há espaço, e se há espaço, há esperança de que isso seja preenchido.
Mas o que eu queria muito são duas respostas:
Por que preciso estar na superficialidade pra entender que eu quero o profundo?
Por que preciso me controlar para me aprofundar?
De verdade, isso não está fazendo sentindo algum na minha cabeça nesse momento.
E embora eu tenha adorado o fato de sumir em 2 dias, eu me sinto perdida porque afinal, foram 2 dias em que eu não construí algo para mim mesma... 2 dias sem pensar e achar respostas e que me deixaram totalmente fora da minha superfície... foram 2 dias profundos sem controle algum.
Creio que estava era me enganando... não dá pra se viver controlando os sentimentos, se preparando pra tudo. Logo, não dá pra mergulhar profundamente sem ter o mínimo de conhecimento das técnicas de mergulho, sem ter os equipamentos necessários, sem ter algumas tentativas com erros e acertos.
Ou seja, acho que ainda é preciso me preparar pra viver... preciso tentar, errar, acertar, ver o que pode ou não pode ser... É preciso saber viver... é preciso aprender, continuamente, aprender...
Serei um eterno aprendiz sem tentar....
Pois bem... eu estou indo pras cabeças agora!!! Vou fazer um intensivão!!! rs